Após Senador anunciar o GPS BRASILEIRO, o DCTA se Reune para analisar o assunto junto à indústria

Reunião entre DCTA e AIAB pautou temas considerados como um sonho para os admiradores do programa espacial brasileiro logo após senador anunciar projeto de lei que cria o programa do gps brasileiro

Por: RAUL CARLOS

Reunião entre DCTA e AIAB pautou temas considerados como um sonho para os admiradores do programa espacial brasileiro logo após senador anunciar projeto de lei que cria o programa do gps brasileiro

No ultimo dia 10 de outubro, o DCTA (Departamento de Ciências e Tecnologias Aeroespaciais) e o AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil) fizeram uma reunião que “tratou de assuntos estratégicos para o país” segundo a AIAB. entre os temas estão o projeto do Veículo Lançador de Pequeno Porte, VLPP, e o projeto de um GPS Brasileiro

Projeto do “GPS BRASILEIRO”

Em setembro, o Senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) apresentou um projeto de lei que cria o Programa de Desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Posicionamento Global, Projeto sonhado a anos por admiradores e analistas do Programa Espacial Brasileiro

“Os americanos operam o GPS, os russos possuem o seu Glonass, os europeus têm o Galileo e os chineses lançaram o Beidou. O Brasil, por sua dimensão geográfica, importância geopolítica e pelos desafios em proteger e desenvolver a região amazônica, precisa garantir um sistema nacional de posicionamento e não ficar à mercê da vontade política de outras nações. Reconhecemos que essa é uma empreitada de longo prazo que demandará investimentos substanciais e contínuos, além de ponderações diplomáticas. No entanto, acreditamos que os benefícios de um sistema nacional reverberarão positivamente em diversos setores da economia e da sociedade ao longo do tempo, justificando e proporcionando retorno sobre os investimentos

Styvenson Valentim – Podemos RN

A Reunião no DCTA

O encontro aconteceu na terça-feira da semana passada, dia 10 de outubro, e contou com a participação de Julio Shidara, presidente da AIAB, e Jadir Gonçalves, vice-presidente e coordenador do Comitê de Espaço da Associação e sócio-diretor da associada Fibraforte.

Representando o DCTA, estiveram presentes o Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, Chefe do Subdepartamento Técnico, o Coronel Aviador Carlos Alberto de Sousa, Chefe da Assessoria de Relações Institucionais, e o Coronel Aviador Paulo Junzo Hirasawa, Adjunto do Escritório Executivo de Gestão de Projetos.

A AIAB ressaltou que apoia esse importante projeto para o Brasil e colocou-se à inteira disposição para contribuir nas ações relacionadas ao projeto que vierem a ser estabelecidas pela governança do Programa Espacial Brasileiro (PEB).

“Nos EUA, por exemplo, uma eventual interrupção do sistema GPS (Global Positioning System) afetaria 14 de um total de 16 sistemas de infraestruturas considerados críticos para o país e causaria uma perda diária de até US$ 1,5 bilhão caso a interrupção ocorresse em um período crítico para sua agricultura. No Brasil, a situação não deve ser diferente. O Brasil precisa mitigar tal vulnerabilidade, assim como já fizeram países como Japão e Índia e pretendem fazer países como Emirados Unidos Árabes e Turquia”

Julio Shidara – Presidente da AIAB

Novo foguete Brasileiro

Um outro tema relevante tratado foi o indispensável apoio do DCTA às empresas que serão contratadas no projeto do Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLPP) da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

“Recebemos com grande satisfação a notícia de que mais de uma proposta classificada pela FINEP seria contratada em decorrência de recente suplementação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e decidimos tratar do fundamental apoio do DCTA às empresas que serão contratadas pela FINEP em atividades como carregamento de motores, ensaios estruturais e queima em banco”, declarou Shidara.

A AIAB faz votos para que o DCTA receba recursos do FNDCT para resolver gargalos existentes na infraestrutura atual, para que suas instituições possam apoiar de forma adequada não apenas as atividades internas, mas, também, as necessidades do setor produtivo.

“Ainda nesse sentido, não podemos desconsiderar o grande desafio que é conceber instrumentos jurídicos adequados para suportar a prestação de serviços para a indústria, considerando-se a diversidade de interpretações e aplicações do arcabouço jurídico por parte de representantes de consultoria jurídica da União e de órgãos de controle externo”, complementou o presidente da AIAB.

“O caminho de sucesso do Programa Espacial Brasileiro passa pelo estabelecimento de missões inequivocamente benéficas para a sociedade, bem como pelo alinhamento das competências das Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) e da indústria espacial brasileira”, disse Jadir Gonçalves.

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