A Alcântara Cyclone Space (ACS) foi uma estatal binacional com o objetivo de gerenciar operações e realizar venda de lançamentos do foguete/ICBM ucraniano Cyclone 4 a partir do Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão
A concretização da criação da empresa foi realizada em 21 de outubro de 2003, na assinatura do Tratado de Cooperação de Longo Prazo na Utilização do Veículo de Lançamento Cyclone-4. As negociações entre os dois governos iniciaram-se formalmente em 18 de novembro de 1999, com a assinatura do Acordo-Quadro sobre a Cooperação de Usos Pacíficos do Espaço Exterior.
Desde sua concepção esse projeto foi muito criticado por uma parcela dos militares e por boa parte da comunidade científica, pois ele proibia qualquer tipo de transferência tecnológica, além do veículo ser movido a propelentes hipergólicos, como Hidrazina, extremamente toxica e mortal, em caso de explosão toda a península de Alcântara e até a capital São Luiz poderiam ter que ser evacuadas
O investimento inicial de cada país foi estipulado em 80 milhões de dólares e que, no caso brasileiro, seria feito pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), para a construção da infraestrutura de lançamento e expansão do aeroporto de Alcântara. Em março de 2009, o Governo brasileiro anunciou aumento do capital financeiro da empresa em 100 milhões de reais, sendo 50 milhões responsabilidade de cada um dos governos.
No final foram 1 bilhão de reais investidos, sendo 500 milhões por cada país, porém existem suspeitas de que a Ucrânia tenha desviado todo o dinheiro, na época o país vivia grandes escândalo de corrupção, e em seguida teve a região da Criméia tomada pela Russia, que também é parceira comercial do Brasil, o que dificultou as relações
E em 2018 finalmente uma medida provisória foi aprovada pelo congresso e enfim a ACS foi extinta completamente
Hoje, dentro do CLA existem os restos da ACS, a plataforma e os prédios de montagem nunca foram concluídos, e espera-se que a área seja finalizada para ser parte de um segundo edital de parcerias com empresas privadas para a exploração comercial de lançamentos. Assim como a área da Plataforma do VLS também foi parcialmente alugada para a Startup Coreana INNOSPACE e ao mesmo tempo é usada pelo VS50/VLM, a Força Aérea espera alugar a plataforma da ACS e em paralelo usar a área para veículos maiores, por ser mais afastada de centros urbanos.
Comentários… Escreva o seu comentário abaixo: