Com a ansiedade de todos para a primeira tentativa de lançamento orbital no Brasil em 22 anos, fica a questão, o que falta para o grande lançamento ocorrer no Brasil?
A innospace divulgou em suas redes sociais um teste estático bem sucedido do primeiro estágio do veículo, o motor de 25 toneladas de empuxo foi aprovado no teste e certificado para voar, o veículo passou por diversos testes de seus subsistemas mas o que falta para o veículo voar?
Segundo a própria empresa em nota oficial em seu site: “A INNOSPACE está planejando o primeiro lançamento comercial do HANBIT-Nano no Centro Espacial de Alcântara, no Brasil, no segundo semestre deste ano. O cronograma de lançamento será anunciado imediatamente após a aprovação final do lançamento pela Administração Aeroespacial da Coreia (KASA). A autorização de lançamento da Agência Espacial Brasileira (AEB) já foi obtida.” (ver aqui, autorização da AEB)
Sendo assim após a autorização de lançamento por parte da Agência Espacial Coreana será revelado o cronograma de lançamento.
O CEO da empresa completou: “A INNOSPACE concluiu todas as verificações técnicas de seu primeiro veículo de lançamento comercial, o HANBIT-Nano, e agora está enfrentando o momento de desafio para a entrada no mercado em grande escala”, disse Soojong Kim, fundador e CEO da INNOSPACE. “Faremos todos os esforços para garantir que o lançamento programado no Centro Espacial de Alcântara, no Brasil, seja realizado com sucesso.”
A empresa nos últimos meses assinou dezenas de contratos de lançamento ao redor do mundo, com outras startups mas também com empresas consolidadas no mercado, sendo o sucesso dessa missão o que falta para consolidar a empresa, além de dar um pouco de notoriedade ao Brasil, com algumas cargas sendo lançadas e o seu Centro Espacial sendo o palco de todo esse show. Poderia ser melhor, poderia ser um foguete brasileiro lançando esses satélites, mas para isso teremos que esperar o desenvolvimento do ML-BR, até lá essa missão será uma excelente oportunidade de conseguir exposição e apoio da população para essa missão. Aguardemos
Informação do Centro de Lançamentos de Alcântara
Em entrevista recente a Radio Força Aérea, o diretor do CLA divulgou algumas informações interessantes sobre essa operação:
“Ela (Operação Spaceward) já está acontecendo, na prática ela começa em outubro e vai até novembro, quase 30 dias direto, a tentativa de lançamento, mas ela já está acontecendo com a chegada dos materiais, com toda a logística de transporte da Coreia ate aqui, no Maranhão, isso já está acontecendo, já estamos recebendo as partes do foguete, os sistemas de telemetria, a própria plataforma onde o foguete é lançado, a infraestrutura está sendo finalizada, a construção da infraestrutura já está em fase final, já estamos agora em recebimento dessa construção”
Além disso o diretor ainda complementou com mais informações:
“Muitos acham que a operação é da coreana (Innospace) então não tem brasileiro, que ‘a gente fecha o centro, entrega a chave pra coreana e quando eles lançarem a gente retorna’ e o fato é que não é assim, quem faz a gestão operacional do lançamento somos nós brasileiros, quem faz o controle, quem faz a terminação do veículo […] somos nós brasileiros, e não os coreanos, obviamente que existe uma reunião com o cliente que definimos quais são as regras para a terminação do voo, mas quem faz a terminação somos nós brasileiros, não tem nenhum coreano lá apertando o botão, quem está no centro de controle controlando o veículo somos nós, quem recebe os dados e faz o rastreio, ou seja, o acompanhamento do voo inteiro, somos nós brasileiros, o coreano está na montagem do foguete, na colocação do foguete no ponto de lançamento, eles chamam de torre de lançamento, quem coloca ele lá isso é o coreano que faz, e quem faz a verificação se as coisas estão funcionando antes do lançamento é o coreano que faz e informa para a gente e a gente libera ou não o lançamento”
Veja a entrevista na integra
Sobre essa missão
A missão do HANBIT-Nano, nomeada como Operação Spaceward tem como objetivo certificar o Foguete para operações comerciais, certificar o Centro de Lançamentos de Alcântara para operações de classe orbital e operações com propelentes criogênicos e por fim lançar vários satélites e experimentos brasileiros. Entre eles:
Conasat-1
Acrônimo para Constelação de Nano Satélites Ambientais
Operado e desenvolvido pelo INPE
GOLDS-UFSC
Sigla para Global Open collecting Data System
Operado e desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina
Jussara-K
Desenvolvido e operado pela Universidade Federal do Maranhão com recursos do Governo do Estado do Maranhão
Dois pico-satélites não nomeados dos grupos de pesquisa DARTilab e BAITES com plataforma desenvolvida pela startup Pion Labs (conforme divulgado pelo Brazilian Space)
Todos satélites de coleta de dados
Além disso também está sendo lançado a plataforma de navegação e controle inercial do Microlançador Brasileiro, ML-BR, uma outra plataforma inercial comercial, da empresa CLC, Castro Leite Consultoria, e um experimento secreto da mesma empresa.
Conforme as informações acima, a operação vai ocorrer mesmo na janela de Outubro e Novembro, e datas mais exatas serão reveladas após a autorização por parte da Agência Espacial Coreana, o veículo já está no Brasil ou em vias de chegar, as reformas no centro, iniciadas em Julho, já foram encerradas e tudo está em vias de ficar pronto para o Lançamento
Levando em consideração a janela de lançamento do calendário oficial, podemos considerar, para fins de expectativa, que a data de lançamento é NET 13 de outubro
(para quem não conhece, “NET” é uma sigla para “Não Antes De”, do inglês “Not Before”)
Calendário de Operações no CLA em 2025Conasat-1Jussara-KGolds-UFSCSistema de Navegação da CLCSistema de Navegação ML-BRCargas Úteis do lançamento do HANBIT-NANO
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