Projeto de missão espacial tem como objetivo medir o campo magnético solar e sua evolução para avançar na compreensão do funcionamento do Sol e sua relação com a Terra
O Telescópio espacial Galileo será um telescópio de observação do sol, será o primeiro telescópio espacial desenvolvido pelo INPE, o GSST (Galileo Solar Space Telescope) usará a PMM (Plataforma Multimissão), que é um BUS, ou modulo de comando e controle, desenvolvido pelo INPE, para ser a Base dos satélites, sondas, e agora, telescópios, do instituto, a PMM foi testada em voo e é usada até hoje pelo Satélite Amazônia-1, lançado em 2021
As questões básicas de ciência a serem abordadas pela missão do GSST são:
- Quais são os processos físicos/plasmáticos fundamentais em ação no Sol?
- Como funciona o dínamo solar?
- Quais são as contribuições relativas de diferentes processos físicos que levam ao aquecimento das camadas externas da atmosfera solar (cromosfera a coroa)?
- Que efeito tem a estrutura variável do campo magnético solar na evolução do sistema atmosférico-oceânico altamente acoplado da Terra?
- Quais são as respostas dos campos magnéticos e partículas energéticas nas proximidades da Terra devido às diferentes estruturas do vento solar?
Além desse, o INPE está desenvolvendo o telescópio de Raios-X Mirax, que também usará a PMM, e sua versão protótipo que voará em breve, a NanoMirax, que será um CubeSat
Notícia da AEB (Gov.BR/AEB) do ultimo dia 15:
No último dia 8 de maio, o professor doutor Luis Vieira, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apresentou a Missão Galileo Solar Space Telescope (GSST), na sala de Conferência da Agência Espacial Brasileira (AEB).
A missão faz parte da carteira de Admissão do Procedimento para Seleção e Adoção de Missões Espaciais (ProSAME) e tem como propósito fornecer medições precisas do campo magnético e sua evolução desde a superfície até as camadas externas da atmosfera solar.
O projeto está em desenvolvimento desde 2003 e já existe um laboratório construído com apoio financeiro da AEB. Havendo recursos suficientes, a estimativa é de que a implementação do sistema leve três anos para ser concluída.
A estrutura da missão prevê uma infraestrutura de desenvolvimento, de extração de dados e de divulgação. “Apresentar a missão espacial GSST para a AEB é fundamental para que a agência possa acompanhar a evolução do projeto e a utilização dos recursos destinados a ele. Além disso, é importante que o grupo de trabalho do projeto esteja atualizado sobre procedimentos administrativos e oportunidades de colaboração com as demais instituições que compõem o Programa Espacial Brasileiro”, explica o professor Luis Vieira.
Ele destaca que o projeto final propõe a entrega de um observatório, que seria o módulo de serviço mais o telescópio. “É importante também manter um telescópio em solo para auxiliar na observação. A parte operacional do projeto já foi testada na missão Amazônia 1, que é o primeiro satélite de Observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil”, completa, referindo-se à utilização da Plataforma Multimissão.
Com a implementação da Missão Galileo Solar Space Telescope, espera-se avançar ainda mais na compreensão de como o Sol funciona e como ele se relaciona com a Terra.
A Diretora de Gestão de Portfólio substituta da AEB, Fernanda Lins, parabenizou a equipe do projeto e ressaltou a importância das missões espaciais científicas, que permitem que o Brasil contribua com os esforços internacionais para a compreensão dos fenômenos e interações que ocorrem no espaço.
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