,

Entenda mais sobre o Investimento MILIONÁRIO da FINEP no Programa Espacial Brasileiro

Foram 370 milhões investidos no desenvolvimento de foguetes nacionais orbitais de pequeno porte

Em 2022, a Financiadora de Estudos e Projetos, FINEP, em parceria com a Agência Espacial Brasileira, AEB, criaram a Subvenção Econômica à Inovação do Veículo lançador de pequeno porte para lançamento de nano e/ou
microssatélites
, esse projeto tinha como objetivo investir no desenvolvimento de um foguete de pequeno porte privado para colocar o Brasil na corrida espacial do século 21

Esse tipo de projeto é muito comum, tanto que a NASA abriu varios projetos desse tipo, por exemplo: Human Landing Systems (HLS), Commercial Crew Program e Commercial Resupply Services; Todos esse projetos foram a base de financiamento para os atuais programas espaciais como os da SpaceX

Os programas de Subvenção Econômica à Inovação são programas em que o governo investe dinheiro, sem previsão de retorno, para que o mercado desenvolva uma nova tecnologia e que o governo seja cliente dessa tecnologia até ela se tornar economicamente independente

Ministra de Ciência e Tecnologia com os representantes das empresas ganhadoras

O VLPP

O VLPP é o Veículo Lançador de Pequeno Porte, esse projeto visa buscar na industria nacional um Veículo lançador para servir ao Programa Espacial Brasileiro, o Brasil vem desenvolvendo o VLM, veículo lançador de microssatélites a mais de 10 anos sem resultados concretos, mas o país precisa de acesso ao espaço por questões de soberania, então foi ai que esse programa de investimentos foi criado

Segundo o Edital do programa de Subvenção Economica, são considerados Veículos de pequeno porte o veículo lançador com capacidade de lançar nano e/ou microssatélites em órbita baixa. Define-se órbita baixa, no âmbito deste edital, a órbita com perigeu não inferior a 200 km e apogeu de até 1000 km.

As especificações técnicas requisitadas no edital são:

  • São requisitos obrigatórios:
    • Desenvolvimento de veículo, com capacidade de lançar pelo menos 5 kg de carga-útil na órbita circular equatorial de 450 km.
    • Desenvolvimento de meios operacionais para o lançamento do Veículo de pequeno porte.
    • Poderão ser utilizados meios operacionais existentes, desde que devidamente autorizados pelas entidades detentoras destes meios.
    • Desenvolvimento de veículo e realização da operação de lançamento atendendo a todos os requisitos de segurança do campo de lançamento.
    • Projeto, qualificação e construção de pelo menos dois protótipos de voo em território nacional.
    • Realização de suas operações de lançamento, a partir do território nacional.
  • Diferenciais competitivos preferíveis, mas não obrigatórios:
    • Lançamento simultâneo de múltiplos nanossatélites.
    • Capacidade de efetuar a reentrada antecipada do seu último estágio na atmosfera (evitar detritos espaciais).
    • Atendimento a todo o espectro de inclinações, desde inserção em órbitas de baixa inclinação (equatoriais) até órbitas polares e heliossíncronas.
    • Potencial de evolução/crescimento das suas capacidades em massa de carga-útil e precisão de inserção orbital.
    • Utilização de sistemas e equipamentos desenvolvidos ou em desenvolvimento em programas paralelos no âmbito do PEB.
    • Melhor precisão de inserção em órbita.
    • Melhor relação custo por quilo de carga útil inserida em órbita.
    • Maior eficiência da operação de lançamento em termos de custo, quantidade de recursos humanos envolvidos na atividade “on-site” e tempo de preparação e de lançamento.

Das Empresas

Foram 5 consórcios participantes:

  • Liderado por:
    • AVIBRAS INDÚSTRIA AEROESPACIAL S.A.
  • Coexecutoras:
    • CASTRO LEITE CONSULTORIA LTDA ME.
    • EDGE OF SPACE IND., COM., ASS. E ENG. LTDA.
    • LEGADO USINAGEM LTDA.
    • ORBITAL ENGENHARIA S.A.
    • PION LABS ENGENHARIA LTDA.

  • Liderado por:
    • CENIC ENGENHARIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
  • Coexecutoras:
    • CONCERT TECHNOLOGIES S.A.
    • SCHELIM ENGENHARIA EIRELLI.
    • PLASMAHUB AMBIENTAL IND. ENG. EXP. E IMP. LTDA.
    • ETSYS INDÚSTRIA E TECNOLOGIA EM SISTEMAS LTDA.

  • Liderado por:
    • AKAER ENGENHARIA S.A.
  • Coexecutoras:
    • ACRUX LTDA.
    • BRENG ENGENHARIA E TECNOLOGIA LTDA.
    • ESSADO DE MORAIS LTDA.

  • Liderado por:
    • SIATT – ENGENHARIA, INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
  • Coexecutoras:
    • TURBOMACHINE VEICULOS E MOTORES LTDA.
    • HYPERLIFT – AEROSPACE & DEFENSE LTDA.
    • DELTAV ENGENHARIA ESPACIAL LTDA.
    • ALKIMAT TECNOLOGIA LTDA – EPP.
    • ORSATTI E PINHEIRO ENGENHARIA LTDA – EPP.
    • AUTAZA TECNOLOGIA S.A.
    • ADVANTAGE ENGENHARIA LTDA.

  • Liderado por:
    • C6 SISTEMAS DE LANÇAMENTO E SERVIÇOS DO BRASIL LTDA
  • Coexecutoras:
    • GNC SISTEMAS CRITICOS LTDA.
    • MIRA ARTIS PRODUTOS ESTRATÉGICOS.
    • GLOBO CENTRAL DE USINAGEM LTDA.

De todas essas empresas participantes, Somente os consórcios liderados pela Avibrás, Cenic Engenharia e Akaer Engenharia foram finalistas da seleção

Empresas selecionadas

Polemica da Avibrás

A Avibrás vem passando por um momento difícil, a empresa entrou em recuperação judicial com possibilidade de falencia, com isso a empresa não se provou financeiramente capaz de cumprir com o projeto

Empresas Vencedoras

Com isso a Cenic Engenharia e a Akaer Engenharia venceram e juntas recebem 370 milhões de reais

Resultado Final

A Cenic Engenharia ficou com 192 milhões de reais e a Akaer com 185,3 milhões, a Cenic não divulgou como será seu projeto, porém ela ja é conhecida por participar do desenvolvimento do SGDC, Amazônia-1, Programa CBERS entre outros, porém a Akaer divulgou sobre seu projeto:

Projeto da Akaer

A empresa Acrux, parte do Consorcio da Akaer, vinha a certo tempo desenvolvendo os seus veículos lançadores Montenegro, mas sem orçamento para concluir, mas ao se juntar nesse consórcio o projeto da família de foguetes montenegro finalmente pode sair do papel

O foguete que será desenvolvido primeiramente com o dinheiro desse edital é o Montenegro MK-1 que usará os motores do segundo estágio do foguete VSB-30 (Motores S-30) e o motor do foguete Sonda 2 (S-20) e está previsto o lançamento de 2 protótipos

Polémica

Uma das principais polémicas desse projeto é a carga util mínima exigida pela FINEP, 5Kg é um peso muito pequeno que permitiria o foguete levar apenas 1 cubesat 2U no máximo, porém esse edital é sobre o desenvolvimento da tecnologia espacial, e cabe as empresas, após adquirirem Know how Na area de veículos lançadores e avançarem o desenvolvimento espacial brasileiro

Outra polémica é sobre o VLM, esse projeto passa a anos por uma questão de falta de orçamento, e por culpa da falta de orçamento o projeto está atrasado, e o atraso obrigou a FINEP a criar esse edital com orçamento suficiente para tirar o VLM do papel

Nos resta aguardar como se prosseguirá esse desenvolvimento e saber se o orçamento foi bem investido

10 respostas para “Entenda mais sobre o Investimento MILIONÁRIO da FINEP no Programa Espacial Brasileiro”

  1. Avatar de
  2. Avatar de alineakynno
  3. Avatar de
    1. Avatar de Raul Carlos
  4. Avatar de
  5. Avatar de Arthur_GamesYT20
  6. Avatar de Arthur_GamesYT20
  7. Avatar de
    1. Avatar de Raul Carlos

Comentários… Escreva o seu comentário abaixo: