O tão sonhado Veículo Lançador de Microssatélites é planejado pelo Brasil desde 2008, deveria fazer seu primeiro voo em 2016, mas foi adiado para 2018, depois para 2019, depois para 2020, mas agora so no fim da década
Com o desastre do programa do VLS, após o acidente de 2003, o Brasil tentou se reinventar com um projeto até então, revolucionário, construir um veículo para transportar os inovadores satélites da classe Microssatélites, entre 10 e 100kg, nascia ai o Veículo Lançador de Microssatélites
Começo do Projeto
Em 2008, foi apresentado um projeto de 3 foguetes, o VLM, o VLS-1 e o VLS-Alpha, sendo que o VLS-1 seguiria com seu design original, o VLM seria o mesmo que o VLS sem o primeiro estágio (estágio que era composto por 4 motores S43 a combustível sólido), e o VLS ALPHA, que usaria os 2 primeiros estágios do VLS e um 3º estágio movido a oxigênio liquido e etanol (provavelmente um motor L75, porém essa informação não pode ser confirmada)
O VLM continuou seu desenvolvimento, porém o VLS e suas variantes foi cancelado
Os Alemães
Durante o desenvolvimento do veículo VSB-30 (Veja mais aqui) os alemães mostraram interesse em desenvolver um veículo lançador de pequeno porte, dando inicio ao desenvolvimento do motor S50, o primeiro motor com diâmetro superior a 1 metro desenvolvido no DCTA/IAE, e o maior motor foguete do hemisfério sul
O Novo VLM
Em 2010, o DLR consultou o IAE sobre a possibilidade de desenvolver um lançador capaz de colocar a carga do projeto Shefex III em um voo suborbital e que tivesse capacidade também de colocar em órbita os próximos experimentos desse projeto. O IAE respondeu positivamente com o desenvolvimento do motor S-50 (11 toneladas, 5 metros de altura e cerca de 1,40 m de diâmetro), e foi feita uma revisão no projeto do VLM para a seguinte configuração:
1° estágio – 1 motor S50
2° estágio – 1 motor S50
3° estágio – 1 motor S44 (O Mesmo que era o Quarto Estágio do VLS)
O grande diferencial do motor S-50, é o seu envólucro. Diferente da maioria dos anteriores que são metálicos, este vai ser construído usando materiais compostos, o que reduz o peso total e o tempo de produção de dezoito para três meses. Para isso foi criado um projeto estruturante: o veículo suborbital VS-50, cujo objetivo principal é qualificar em voo os principais subsistemas do VLM-1.
Com essa nova versão, além de atender os requisitos da missão Shefex III, este lançador estaria apto a colocar outras cargas úteis relativamente pequenas em órbita.
Situação Atual
Dia 3 de Outubro de 2021 foi feito o primeiro teste de queima do motor S50, o teste foi realizado na Usina Coronel Abner, UCA, onde é fabricado o propelente de foguete e testado motores no Brasil
O Teste conhecido com “Tiro em Banco” foi feito com a tubeira fixa, o próximo teste será com tubeira móvel
Os planos originais diziam que o Veículo deveria voar em 2018, de lá pra cá foram vários adiamentos, mas a data oficial para o primeiro voo suborbital seria 2023 e o primeiro voo orbital em 2024, mas no final de 2022 solicitarmos à AEB, pela lei de acesso a informação, uma data oficial para o voo, recebemos isso:
Na época não existia a Revista Foguetes Brasileiros, então eu enviei a informação para a midia especializada, no caso, o Canal Space Orbit e o Blog Brazilian Space
https://brazilianspace.blogspot.com/2022/09/fantasia-adiada-saiba-mais-sobre-o.html
O Que esperamos é que o VLM realmente tome os ares e decole antes da data oficial, mas conhecendo a situação espacial brasileira, é provável que ele decole no inicio da década de 2030, estando super atrasado e obsoleto
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