Ricardo Galvão Havia sido exonerado por Bolsonaro após divulgar dados sobre o desmatamento
O ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, é o mais citado como tendo assumido a presidência do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, já decidiu sobre isso, mas a confirmação oficial do nome deve ser feita na próxima semana. Professor do Instituto de Física da USP, Galvão fez parte do grupo de transição do governo Lula e chegou a ser candidato a deputado federal pela Rede, mas não foi eleito.
Seu nome ganhou destaque em 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro o acusou de estar “a serviço de alguma ONG” pelos altos índices de desmatamento registrados pelo Deter, do Inpe, constantemente contestados pela imprensa internacional. À época, Galvão era presidente do Inpe desde 2016 e havia iniciado a carreira na autoarquia ligada ao Ministério da Ciência em 1970. Ele foi absolvido dois meses depois, ao refutar as afirmações de Bolsonaro de que o então presidente teria tomado uma “ação covarde”.
Tal posição levou Ricardo Galvão a ser selecionado pela revista britânica Nature entre as 10 pessoas mais importantes para a ciência em 2019. No início de 2021, o físico recebeu o Prêmio Internacional de Liberdade e Responsabilidade Científica, concedido pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).
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