Por: Raul Carlos
Fonte: Observatório AEB
Em 2023, a Lei Orçamentária Anual 2023, LOA, destinou R$ 165,6 Milhões de reais para os programas PNAE e PESE, que são os programas espaciais Civis e Militares respectivamente
Deste orçamento, foram destinados:
- R$ 56 Milhões em Desenvolvimento de Competências
- R$ 51 Milhões em Infraestrutura e Aplicações
- R$ 48 Milhões em Missões Espaciais
- R$ 11 Milhões em Acesso ao Espaço
*Esses valores não incluem o edital da FINEP
*Valores arredondados
1 Desenvolvimento de competências são treinamentos, capacitações e desenvolvimento de novas tecnologias
2 Infraestrutura e Aplicações são os valores necessários para administrar laboratórios, centros de lançamentos e toda a infraestrutura de solo
3 Missões Espaciais é o valor que foi gasto na construção de espaçonaves como satélites, sondas, cubesats, etc
4 Acesso ao Espaço é o valor utilizado em veículos lançadores, orbitais e suborbitais
Esses valores são os destinados pela lei orçamentária, porém não foi todo o valor que foi gasto
- R$ 50 Milhões em Desenvolvimento de Competências
- R$ 50 Milhões em Infraestrutura e Aplicações
- R$ 47 Milhões em Missões Espaciais
- R$ 11 Milhões em Acesso ao Espaço


Principais acontecimentos de 2023 no Programa Espacial Brasileiro
Legenda:
Desenvolvimento de competências
Infraestrutura e Aplicações
Missões Espaciais
Acesso ao Espaço
Constelação Catarina
A Constelação de Satélites Catarina recebeu a aprovação técnica do projeto e os satélites começaram a serem construídos
Microrrede de energia elétrica no CLA
Numa parceria entre a AEB e a ANEEL, foram construídas redes inteligentes de fornecimento de energia no Centro de Lançamentos de Alcântara
Assinatura de Acordos para a continuidade do programa CBERS
Durante a visita oficial, a ministra de ciência e tecnologia assinou instrumentos internacionais que visam a cooperação científica, tecnológica e de inovação com a China. Entre eles, está o protocolo para o desenvolvimento conjunto do Sexto Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-6).
AEB e CONAE iniciam desenvolvimento do SABIA-MAR
As agências espaciais do Brasil e da Argentina assinaram acordos e começaram o desenvolvimento dos Satélites gêmeos SABIA-MAR A e B
É Lançado um veículo suborbital privado do CLBI
A Pion Labs lançou os satélites educacionais dos estudantes participantes da OBSAT, Olimpíada Brasileira de Satélites, numa trajetória suborbital
AEB e SENAI fornecem cursos técnicos aos quilombolas de alcântara
Foi realizada, nas Agrovilas do Cajueiro e Peru, a abertura oficial dos cursos de capacitação para 60 discentes da comunidade alcantarense. A capacitação é oferecida pela Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Maranhão (SENAI/MA) e a Prefeitura Municipal de Alcântara.
Começa o Desenvolvimento do Telescópios Espacial Solar Galileu
O INPE divulgou detalhes do desenvolvimento do GSST, o primeiro telescópio espacial do Brasil
Essas e outros projetos aconteceram em 2023, um ano considerado fraco no nosso programa espacial, mas não existe muita escolha com um orçamento minúsculo
5 respostas para “Retrospectiva Orçamentária 2023 – Onde foi gasto o orçamento do Programa Espacial Brasileiro”
De forma geral, o road map do PEB é bom, com investimento em todas as áreas relevantes. O problema é que, além de um valor orçamentário minúsculo, a locação dos valores feita pela AEB é estranha: 1/3 da dotação é gasto com viagens, cursos, etc. E 1/3 com infra, e apenas 1/3 com os verdadeiros instrumentos: satélites e foguetes.
Se olharmos o que está em andamento sobre a gestão da AEB, temos uma PMM em montagem para o Amazônia-1B e o VLM em passos de tartaruga velha. O resto são acordos de cooperação e alguns nanosatélites. O lançamento da PSM com um mero VSB-30 só em 2026.
A nossa sorte foi a FINEP ter entrado com um orçamento mais de três vezes o da AEB. Resultado: temos um o mockup do satélite ótico de alta resolução pronto, e a escolha de dois consórcios para o VLPP. E este grupo de projetos maturando em três anos, fora do guarda-chuva do binômio INPE/IAE, o que é promissor.
Embora tenhamos perdido o barco da relevância, caso esse conjunto de projetos se concretize, teremos um papel secundário, mas digno nesse importante segmento.
Olá,
O lançamento do veículo da PION não foi pago pelo orçamento da AEB. Na verdade, a AEB não teve participação direta no lançamento.
Obrigado pelo bom trabalho.
Abraços.
obrigado pela correção
A AEB com um orçamento melhor faria algo grande, parece até que eles são bonzinhos em investir, mas para mim, teriam que investir mais em acesso ao espaço, uma area tão importante e pouca investida por isso os projetos andam a passos de tartaruga.
[…] reportagens anteriores, a REVISTA FOGUETES BRASILEIROS abordou o grave comprometimento do orçamento federal destinado a atividades espaciais no Brasil, para efeito de comparação, hoje o Brasil não conseguiria lançar um novo SGDC […]