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Sonda 2

Sonda 2

O Sonda II (Figura 1) era um foguete de um único estágio, cujo seu diâmetro e sua massa eram bem maiores que os do Sonda I. Historicamente, foi o primeiro foguete cujo projeto, fabricação estrutural, propelente e proteções térmicas foram desenvolvidos no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Foram desenvolvidas diversas versões desse foguete. A última versão possui massa de decolagem de cerca de 370 kg, com apogeu de 50 a 100 km e capacidade para 20 a 70 kg de carga útil. No total, 61 foguetes Sonda II foram lançados.

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Figura 1 – Sonda II

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Os foguetes Brasileiros, desenvolvidos pelo pessoal do GETEPE/CTA, depois do projeto SAAP, faziam parte de uma novíssima geração de foguetes. Em julho de 1969, foram lançados os dois primeiros foguetes do modelo Sonda II, sem muito sucesso. Mas o Sonda II, foi a materialização do primeiro foguete moderno completamente projetado e fabricado no Brasil, mesmo que bastante inspirado no foguete Sonda III.

O Sonda II foi considerado o foguete-escola da moderna indústria de foguetes Brasileira. Os principais desenvolvimentos que caracterizaram esse primeiro patamar tecnológico foram:

aços da classe cromo, níquel, molibdênio (laminados e forjados) de alta resistência (SAE 4130, 4140 e 4340);
processos de tratamentos térmicos para estruturas de propulsores;
sistemas de separação de estágios com parafusos explosivos;
instrumentação básica embarcada: telemetria, telecomando;
proteções térmicas rígidas; e
propelente PBLH (Polibutadieno Hidroxilado).
Sobre o modelo inicial, foram desenvolvidas duas versões alongadas: os modelos SII-B e SII-C e uma outra mais curta: o modelo SII-S23.

Foi um foguete Sonda II que deu Início às Operações do CLA, em 21 de Fevereiro de 1990, na Operação Alcântara.

Assim como o Sonda II, os engenheiros do GETEPE/CTA continuaram a projetar outros modelos da série Sonda usando a mesma estratégia, ou seja, tendo como base a já bastante conhecida família de foguetes Black Brant. Desse veículo, se originaram mísseis produzidos pela Avibras, e mais tarde, o Foguete de Treinamento Intermediário (FTI).

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